27/05/2009

Texto narrativo: "Um dia depois do amanhã

Era uma vez, uma menina chamada Filipa que vivia no outro lado do rio. Esse rio separava a vila da cidade.
Filipa sentava-se numa ponte de madeira sobre o rio a pensar como seria a vida na cidade entre o ruído das gaivotas e os barcos que chegavam, e perdia-se no sonho de um dia poder saber mais coisas a respeito das pessoas que lá viviam.
Num certo dia, corria a notícia que um barco de turistas da cidade iria desembarcar no cais. Filipa correu descalça em direcção ao rio, pois não queria perder pitada do que poderia acontecer, e estava curiosa por saber se viria alguém da sua idade, pois chegava o Verão e, normalmente, ela não tinha ninguém com quem partilhar as suas emoções.
Quando o barco chegou, Filipa lá estava à espera, na sua ponte de madeira, a observar atentamente. Finalmente começaram a sair as pessoa e, nesse instante, os olhos dela embateram num rapaz alto, moreno, de olhos castanhos, rasgados e de cabelo castanho; despertou-lhe a sua atenção, certamente.
Atrapalhada, corre em sua direcção e acabam por embater um num outro.
-Desculpa! - Disse ela com as bochechas vermelhas.
-Certamente que não o deves ter feito de propósito. - Respondeu o rapaz, com bons modos e sorrindo.
Então, seguiram direcções opostas pois já estava tarde e Filipa tinha que ir para casa.
A noite custava a passar pois ela estava empolgada por voltar a vê-lo.

De manhã bem cedo, a Filipa levantou-se e ia a caminho do rio para a sua ponte, os seus pensamentos estavam todos concentrados no rapaz que tinha visto e, de repente, ao chegar reparou que o rapaz estava lá, esfregou os olhos por pensar que era da sua imaginação.
-Mas será possível? - Voltou a esfregar os olhos, quando este se apercebeu da sua presença e olhou com aqueles olhos castanhos para ela. Sorriu, dizendo:
-Também gostas do rio?
-Sim, venho para aqui todos os dias... - respondeu, de imediato
-Tens sorte, nem sempre eu posso disfrutar desta paisagem.
Filipa sentou-se, timidamente ao seu lado, conversaram durante a manhã, e ela ficou a saber que ele se chamava Miguel e que vivia na cidade, a cumplicidade entre os dois era mútua e notava-se pelos sorrisos e a forma como se olhavam.

Durante a tarde, ali permaneceram sentados a falar, parecia que o tempo era só deles e que nada mais importava.
-Mas como é a vida na cidade? - Perguntou várias vezes Filipa com muita curiosidade.
-Nada como aqui, lá o tempo passa a correr e quando damos conta não fazemos nada do que gostamos…
-Mas porque? - Perguntou interessada. O rapaz olhou para ela e sorriu pois apercebeu-se que ela nunca tinha passado para outra margem do rio e disse:
-Porque lá passamos o tempo muito ocupados na escola que fica longe de casa, e muito tempo nas filas por causa do trânsito e nos supermercados que estão rodeados de gente e fica tudo um caos e depois quando temos tempo já é de noite.
-Mas deve haver alguma coisa que gostes…
-Sim, há! Gosto dos parques por onde passeio ao fim de semana, dos cinemas onde vejo bons filmes da praia, do aeroporto de quando vou viajar, de conviver com os meus amigos, de ir almoçar com eles. - Disse-lhe, de forma empolgante.
Filipa ficou a pensar como seria viver lá, estava habituada à monotonia de viver sempre naquela vila que não era muito grande e onde não tinha muito para fazer e queria poder ter uma vida diferente.
-Levas-me contigo? - Perguntou ela timidamente.
O rapaz evitou a resposta, pois estava admirado com tal pergunta, mas acabou por responder.
-Sim, levo. - E agarrou a mão de Filipa.
-Promete!
-Prometo. - Quando acabou a frase, ela correspondeu-lhe ao gesto dando-lhe um beijo, envergonhada decidiu ir para casa e combinaram ali à noite.
Lá estavam eles envolvidos num momento em que as palavras não importavam, como se o dia nunca acabasse, entre o vento e barulho da água do rio a embater nas tábuas daquela ponte, ela falou baixinho ao seu ouvido:
-AMOTE!
Ele respondeu, olhando-a nos olhos:
-Também te amo …E ficaram ali a olhar um para o outro.

No dia seguinte, foram passear à beira- rio e ele disse-lhe que se iria embora ao final da tarde porque os seus pais tinham que ir trabalhar e não podiam ficar mais tempo.
-Mas prometeste que me levavas! - Disse ela, assustada.
-Sim, eu sei, mas não agora. Eu venho buscar-te, não confias em mim?
-Confio! - Com um ar desiludido, continuou a passear com ele…
Sentados na ponte fizeram juras de amor eternas e ele voltou a dizer que a vinha buscar e que nunca a ia deixar sozinha. Entretanto, o sol punha-se e o som do apitar do barco suave tocava.
-Queres que te leve? - Disse Filipa
-Não, fica aqui! Não gosto de despedidas e tenho que me apressar.
-Será que te voltarei a ver? - Respondeu ela desolada.
-Sim. - Sorriu o rapaz do mesmo modo de quando chocaram um com o outro no cais.
O rapaz levantou-se, pois o barco já estava de partida e deu-lhe um beijo e afastou-se a correr. Ela gritou:
-AMO-TE!
Mas ele nem se voltou para trás, Filipa ficou a ver o barco a afastar -se, talvez à espera de uma resposta…
Todos os dias ela ali estava no mesmo sítio que os juntou e que agora os separou, e quando ouvia o ruído de um barco voltava a correr para o cais à espera dele, sonhava com a vida na cidade junto a ele, mas o sol escondia-se diante as nuvens e ela ali permanecia dia após dia …
À espera dele!
Um dia, ela apercebeu-se de que a sua chegada nunca iria passar de um sonho

Tamára Marques

3 comentários:

Anónimo disse...

ESSE TEXTO É MUITO RUIM SEM SENTINDO NO COMEÇO, NO MEIO E NO FIM NÃO TEM PÉ NEM CABEÇA. UMA GRANDE BOSTAAAAAAAAAA ESTE TEU TEXTO.POR ISSO VC SÓ TEM 3 SEGUIDORES QUE DEVEM SER SEUS AMIGOS. DESEJO MELHORAS E UM MELHOR PENSAMENTO. BJUS

Anónimo disse...

ta uma bosta kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

dala disse...

esse texto ta otimo eu fis um testo narrativo com ele e meu professor adoro